Nos últimos dias, centenas de famílias ocuparam casas populares que iriam ser entregues para famílias humildes de Mineiros (GO). Os altos custos com aluguel e a demora na entrega das moradias, foram fatores preponderantes (entre outros) para que os cidadãos se mobilizassem e ocupassem ordeiramente as residências.
Ao total, foram 294 moradias ocupadas, as quais haviam sido idealizadas na gestão anterior à do atual prefeito de Mineiros, Agenor Rezende. 111 delas iriam ser destinadas aos ribeirinhos, pessoas que moram em áreas de risco, às margens de córregos.
As casas foram construídas pela construtora HF, através do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, conduzido pela Caixa Econômica Federal. A evolução das obras estavam em 90%.
Nesta segunda-feira (2/03), Agenor, em entrevista coletiva, esclareceu à imprensa que seu governo acompanhou o projeto iniciado anteriormente à sua gestão e já havia a definição das famílias que seriam contempladas.
“Estas pessoas já estão selecionadas pela Secretaria de Ação Social de Mineiros e já se sabe quais são as que vão para lá”, revelou Agenor.
Atrasos na entrega
Quanto aos atrasos no término da obra e na entrega das casas, Agenor atribuiu a culpa à Celg. Segundo ele, os projetos foram desenvolvidos com algumas falhas. A principal delas seria: dois dos três loteamentos terem suas casas construídas abaixo de uma rede elétrica de alta-tensão.
Segundo Agenor, o único impedimento que está havendo é a não retirada deste sistema trifásico. É necessário fazer a remoção para que haja a habitação segura. Outra falha seria a não instalação da rede elétrica dentro de cada moradia, outra responsabilidade atribuída à Celg e que não foi cumprida até o momento.
Durante a coletiva, o prefeito apresentou à imprensa diversas cópias de ofícios endereçados a Celg solicitando a retirada das linhas de alta-tensão. Afirmou ainda que compareceu pessoalmente à Celg, em duas ou três situações distintas, solicitando a realização dos serviços.
Agenor esclareceu que a Celg havia informado, inicialmente, a data de outubro de 2014 para a finalização dos trabalhos. Entretanto, nada foi feito.
Posteriormente, recebeu nova data da Celg: abril de 2015. Mas, até o presente momento, não há nenhuma movimentação da Celg no sentido de realizar os procedimentos solicitados até esta data.
Agora, com a ocupação aleatória das casas, será necessária uma decisão judicial para que haja uma desocupação. Assim informou o prefeito Agenor Rezende. Ouça abaixo a entrevista completa:
Residenciais/Nº de moradias/data da ocupação
• Loteamento João Francisco de Oliveira/com 111 casas/sexta-feira (27/02);
• Loteamento Senhor Duda/com 116 moradias/sábado (28/02);
• Loteamento José Maurício Viana/com 67 residências/sábado (28/02). 
